Ecos do passado: um diálogo interior
Encontrei a minha eu mais nova pra tomar um café,
nós duas chegamos 10 minutos atrasadas e ansiosas já que nosso pai sempre demora.
Ela pediu um chocolate quente e eu um café com leite, mas eu já sabia o que nós duas iriamos querer.
Ela tinha cabelo curto com mechas rosas, eu tenho cabelo castanho e deixando crescer. Ela usava delineador, sem esmalte nas unhas e muitos acessórios misturados, eu usava rímel, sempre com as unhas coloridas e combinando dourado com prata
nós duas usávamos preto.
Ela me contou sobre como a escola nova era difícil já que não tinha amigos, tem medo do ensino médio e que se sentia triste o tempo todo. Ela não sabe mas vai mudar de escola ano que vem.
Ela me olhou de relance e sussurrou o nome dele, perguntando se ainda dói, queria poder mentir e dizer que não, que nos afastamos e que vai passar (mas não vai.
Contei pra ela que me formo ano que vem, os meus planos pra faculdade, que não me sinto mais culpada e que não imagino a minha vida sem meus amigos.
No final ficamos um tempo em silêncio, nos abraçamos e fomos embora. Vi ela entrar no carro do pai e virar a esquina, eu atravessei a rua e contando os dias pelo próximo café.
Obrigada por ter lido até aqui :)
Queria muito que interações como essas fossem possíveis …
Queria tanto que isso fosse possível